Ser alucinadamente apaixonado por açaí pode ser uma boa premissa para a saúde mental. Esta conclusão se baseia nos resultados de uma pesquisa feita pela Universidade Federal de Santa Maria (RS), em parceria com a Universidade do Estado do Amazonas e a Universidade de Toronto, no Canadá. O estudo foi publicado no periódico científico Oxidative Medicine and Cellular Longevity.
No trabalho, seus autores e autoras se dedicaram a estudar as propriedades anti-inflamatórias do açaí e chegam à conclusão de que ele pode ser, de fato, a mais nova esperança para o tratamento de doenças neuropsiquiátricas, especificamente a esquizofrenia e o transtorno bipolar.
Em patologias como essas, a mitocôndria, uma organela que tem a função de transformar substâncias como a glicose em energia, no interior das nossas células, acaba sofrendo algumas disfunções. Então, em vez de energia, a mitocôndria libera calor e radicais livres, que causam estresse oxidativo e inflamação, prejudicando a longevidade das células como os neurônios.
Essa desregulação da mitocôndria provoca uma baixa produção de energia, o que afeta com mais intensidade os órgãos que precisam de muita energia para trabalhar bem, como o cérebro, que tem apenas 2% do peso do corpo humano, mas que consome cerca de 20% da energia total do organismo.
Segundo os experimentos feitos no estudo da UFSM, o açaí conseguiu reverter entre 80% e 90% dos efeitos da disfunção mitocondrial, indicando que a fruta amazônica pode ter resultados terapêuticos (de diminuição dos sintomas) e preventivos satisfatórios.
A pesquisa abriu portas, ainda, para que o açaí possa ser visto como base para a produção de medicamentos psiquiátricos no futuro. Porém, enquanto isso, consumir a fruta do seu jeito preferido já é uma boa atitude a se tomar para cuidar bem da sua saúde mental.
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